O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) realizou um discurso aos participantes do 9º Congresso Força Sindical - que ocorre no Sindicato dos Metalúrgicos em São Paulo - e criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) por não aderir ao passaporte da vacina.
Na visão do petista, a prática - que é uma recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) - está alinhada com a atuação dos principais países do mundo. Nesse momento, Lula citou sua viagem à Europa como exemplo.
"Ontem, ele (Bolsonaro) falou contra a Anvisa que não tem que fazer qualquer exigência para entrar no país. Eu acabei de fazer uma viagem para Alemanha, Espanha, França e Bélgica. Em todos os países eu tive que fazer teste no nariz e na garganta, tinha que apresentar atestado de vacinação", afirmou o ex-presidente.
O líder do Partido dos Trabalhadores afirmou, ainda, que Bolsonaro deveria ter "responsabilidade" para "proteger a sociedade brasileira".
"Queria aproveitar e dar recado pro Bolsonaro. Se ele não gosta dele, do filho dele, precisa criar responsabilidade e permitir que as pessoas sejam obrigadas a apresentar teste de vacinação para proteger a sociedade brasileira", finalizou Lula.
Nesta quarta-feira (08), o presidente Jair Bolsonaro resaltou a seus apoiadores - durante a saída do Palácio do Alvorada - que "jamais" irá exigir o passaporte da vacina.
"O Supremo deu poderes para governadores e prefeitos. Eu falo da minha linha. Eu não fechei nem um botequim. Jamais vou exigir o passaporte de vacina de vocês", declarou o presidente.
Ontem, Bolsonaro afirmou, ainda, que a medida assemelha-se a uma "coleira" e que sua preferência é de "morrer" a perder a "liberdade". ""A gente pergunta: por que o passaporte vacinal? Essa coleira que querem botar no povo brasileiro... Cadê nossa liberdade? Prefiro morrer que perder minha liberdade".