Arthur Virgílio, ex-senador e candidato às prévias do PSDB para concorrer à eleição presidencial, cobrou de seu Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul e seu adversário no embate partidário, um posicionamento sobre a votação do partido na PEC dos Precatórios e sua falta de liderança em tentar dissuadir os deputados tucanos.
Em entrevista à revsta Veja, Virgílio afirmou que os parlamentares da sigla "participaram de um ataque ao Plano Real" e que "qualquer um poderia ter cometido esse erro, mas nenhum do PSDB". Isso porque a orientação da sigla foi para votar de maneira favorável à PEC dos Precatórios.
"É questão de ser líder ou não ser líder, ter liderança ou não ter liderança. Isso foi muito ruim para nós. Tínhamos questão fechada e o pessoal não obedeceu. E no segundo turno foi de novo. Para ser presidente do país, você vai ter muitos episódios em que será preciso uma demonstração de força", afima Virgílio, que completou dizendo esperar que os amparos feitos a Leite não tenham "subido à cabeça".
O ex-congressista, porém, diz que o gaúcho acerta ao aceitar 'abrir mão' da candidatura caso apareça "alguém mais qualificado". Este posicionamento, defendido por Leite, é o oposto da visão externada por João Doria, que pretende disputar as eleições presidenciais até o fim.