Senador Omar Aziz, presidente da CPI
Edilson Rodrigues/Agência Senado
Senador Omar Aziz, presidente da CPI

Um dia após a entrega do relatório final, Omar Aziz (PSD-AM) , presidente da CPI da Covid declarou, nesta quinta-feira (21), que o Ministério Público terá que ser "mágico" para não punir ninguém presente no documento da comissão

"Eu não estou preocupado com o Aras ou com qualquer outro procurador que vai investigar ou qualquer outro membro do Ministério Público. Eu estou querendo saber o que um procurador vai querer escrever para dizer quais foram as causas dessas 600 mil mortes. Eu quero saber o que o procurador vai dizer das aglomerações que o presidente fez propositalmente. Eu quero saber o que o procurador vai falar sobre tratamento precoce, sobre imunização de rebanho, sobre a nítida vontade de não comprar vacina, do governo, mesmo sendo oferecida", afirmou Aziz em entrevista à GloboNews.

"O procurador vai ter que ser mágico para justificar isso e não imputar pena a ninguém. Vai ter que ser mágico. Eu não creio que nenhum procurador, seja o doutor Aras, seja quem for, vai ter argumentos para escrever uma lauda justificando essa ignorância com que foi encaminhada a pandemia no Brasil", acrescentou.

O relatório redigido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), sugere o indiciamento do  presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de mais 65 pessoas, entre elas estão ministros, ex-ministros e os filhos do mandatário. A avaliação final dos senadores será votada na próxima semana. 

Caso o documento seja aprovado, ele será encaminhado à Procuradoria Geral da República (PGR), que deverá apurar os pedidos de indiciamento com foro privilegiado. O relatório também será conduzido para a primeira instância do Ministério Público nos estados, responsável pelos casos de indiciados sem foro.



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