A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o pedido de prorrogação da Polícia Federal sobre o inquérito que apura a suposta prevaricação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na compra da vacina indiana contra a Covid-19, a Covaxin .
"A PF quer mais 45 dias de prazo para análise conjunta e confronto de todos os dados e informações obtidos até agora na investigação. É praxe que a PGR se manifeste sobre todos os pedidos que envolvam um inquérito", escreveu a ministra.
A compra do imunizante foi cancelada após as investigações da CPI da Covid . A denúncia sobre fraudes e irregularidades nos contratos da vacina foram expostas pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e endossada por seu irmão, Luis Ricardo Miranda, funcionário do Ministério da Saúde.
De acordo com o deputado, Bolsonaro foi informado sobre suspeitas de que o contrato era superfaturado e teria prometido enviar o caso à Polícia Federal — o que não o fez. O inquérito para apurar o caso foi aberto somente no final de junho, após a denúncia ser publicamente divulgada.
Além do presidente, o líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) teria envolvimento no esquema .