O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL) traçou nova estratégia para driblar a possível inação do procurador-geral da República, Augusto Aras, para dar continuidade aos pedidos de indiciamento feitos pela Comissão no relatório final.
"Eu não acredito que o procurador-geral substitua tudo isso por um engavetamento de tudo o que se levantou com o apoio da sociedade. A expectativa que eu tenho é que as coisas andarão na Procuradoria-Geral da República com relação àqueles que têm prerrogativas especiais", disse o senador à Folha de S. Paulo nesse sábado (9), sobre a possibilidade de Aras engavetar o processo .
De acordo com o jornalista Guilherme Amado , do portal Metrópoles , o relator vai encaminhar a Aras apenas os trechos do relatório que dizem respeito a pessoas com foro para serem investigadas na Procuradoria-Geral da República (PGR). Dessa maneira, quem não tiver foro no Supremo Tribunal Federal (STF) ou no Supremo Tribunal da Justiça (STJ) terá os pontos investigados na CPI enviados a instâncias competentes do Ministério Público Federal (MPF).
Assim, tudo que foi praticado por autoridades que trabalham em Brasília e não ocupam cargo que lhes dá foro será enviado à PGR no Distrito Federal. Segundo o colunista, o MPF em São Paulo receberá a investigação sobre a operadora de saúde Prevent Senior.
A Prevent é acusada não só de disseminar o kit Covid para pacientes , como também de ocultar registros de mortes por Covid-19 e de adotar cuidados paliativos para aqueles que não eram considerados terminais .