Investigado por corrupção, o secretário Nacional de Mobilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Tiago Pontes Queiroz, se desligou do cargo nesta sexta-feira (8). A pasta comandada pelo ministro Rogério Marinho informou que ele vai se concentrar em "fazer sua defesa".
Segundo o G1, ele é alvo de uma investigação da Polícia Federal
sobre suposta fraude na compra de medicamentos de alto custo no Ministério da Saúde. Queiroz ocupou um cargo de diretor na pasta entre 2016 e 2018, quando o ministro era o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR).
A PF deflagrou a operação Pés de Barro para apurar o caso no último dia 21, com o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em quatro estados. De acordo com a publicação, os investigadores seguem a suspeita de que um esquema favorecia empresas em detrimento da saúde da população, com fraudes que chegaram a provocar a morte de ao menos 14 pacientes e um prejuízo de R$ 20 milhões.
Além de Queiroz, outros alvos da operação foram o ex-diretor do departamento de logística em saúde da Secretaria Executiva do ministério, Davidson Tolentino, e o sócio-presidente da Precisa Medicamentos, empresa investigada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, Francisco Maximiano.