O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), recebeu apoio expressivo para atrasar a data da sabatina de André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o Supremo Tribunal Federal (STF). A indicação foi formalizada em julho, um dia após o ministro Marco Aurélio Mello deixar a Corte.
Segundo a CNN Brasil, Alcolumbre agora conta com apoio de importantes alas do MDB e já disse que pretende postergar a sabatina ao máximo
. O procedimento é essencial para que os senadores avaliem a indicação feita pelo Palácio do Planalto e a aceitem ou rejeitem.
Mendonça, que era advogado-geral da União, encontra resistência por parte de alguns senadores. De acordo com a publicação, um grupo defende o procurador-geral da República, Augusto Aras, como alternativa.
Perfil religioso
A indicação de Mendonça para o STF foi o cumprimento de uma promessa feita pelo presidente Bolsonaro a seus apoiadores. O presidente declarou que uma de suas escolhas — a primeira foi o ministro Kassio Nunes Marques, que sucedeu Celso de Mello — seria "terrivelmente evangélica". Como parte da pressão a favor de Mendonça, lideranças como Silas Malafaia avisam que "se barrarem André Mendonça", Bolsonaro vai indicar outro religioso .