A bancada do PSOL na Câmara dos deputados apresentou nesta quinta-feira (07) uma denúncia contra o presidente Bolsonaro, que vetou a distribuição de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade . O documento é endereçado à Ogranização das Nações Unidas (ONU).
Na carta, o partido alega que a decisão tomada é "desumana" e "ultrajante". O texto vetado pelo Planalto tinha como objetivo combater a pobreza menstrual que atinge jovens e mulheres no país.
“Os vetos de Bolsonaro são desumanos. A falta de absorventes higiênicos leva garotas a perder aulas e a alternativas precárias e insalubres, que incluem o uso de papelão, sacolas plásticas e até pedaços de pão [...] Mesmo pelos mais baixos padrões, é ultrajante que o presidente aja ativamente para impedir garotas pobres e mulheres vulneráveis de acessar saúde menstrual básica", diz trecho do documento assinado por Talíria Petrone, líder do PSOL.
A mensagem foi encaminha a três autoridades das Nações Unidas: Michelle Bachelet, alta comissária para os Direitos Humanos; Reem Alsalem, relatora especial em Violência Contra a Mulher; e Tlaleng Mofokeng, relatora especial para o Direito à Saúde.
O PSOL pede que a ONU se posicione e cobre explicações do governo brasileiro sobre a decisão tomanada nesta quinta-feira. O projeto de lei, que teve trechos vetados pelo presidente, foi apresentado em 2019 pela deputada Marília Arraes, do PT de Pernambuco, e 34 colegas.