A fim de ampliar programas assistenciais com foco na região Nordeste do país, o governo Jair Bolsonaro planeja destinar recursos do Bolsa Família para ações como a compra de alimentos, construção de cisternas e pagamentos de até R$ 3 mil a produtores rurais.
Tudo isso às vésperas do calendário eleitoral de 2022, como forma de atender aos pleitos da ala política do governo. Segundo a Folha de S. Paulo, quase R$ 3 bilhões devem ser redirecionados com esse intuito.
A escolha pelo Nordeste se deve ao fato de que a região reúne 68% das famílias com dificuldade de acesso à água e também 43% dos municípios que demandam mais recursos para a compra de alimentos. Ambos os programas são executados pelo ministro da Cidadania, João Roma, cotado para representar Bolsonaro na disputa pelo governo da Bahia na próxima eleição.
A mesma análise feita pelo governo federal, que indicou o maior déficit no Nordeste, indica também que é a Bahia o estado com maior demanda pelos recursos.
Diante disso, a publicação contextualiza que esse redirecionamento de verba é pensado em meio à queda de popularidade do presidente, mais rejeitado justamente nesta região. Diversas pesquisas divulgadas nos últimos dias indicam que Bolsonaro perderia a eleição
para candidatos como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) e os governadores tucanos João Doria (PSDB-SP) e Eduardo Leite (PSDB-RS).