Omar Aziz (PSD-AM), senador e presidente da CPI da Covid , revelou que o relatório final da comissão parlamentar de inquérito possui "indícios fortíssimos" de vantagens em negociações de vacinas contra o novo coronavírus. Por isso, o parlamentar criticou um possível 'engavetamento' do documento por parte de Augusto Aras, o procurador-geral da República. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
"Augusto Aras não é dono da verdade, não pode sentar [no relatório final da CPI da Covid]. Você está falando só em relação ao presidente. Tem outros fatores, nem tudo passa pelo Augusto Aras. E mesmo assim você pode levar ao Supremo notícia-crime, e o Supremo manda o Ministério Público abrir o procedimento, já aconteceu isso", opinou o político amazonense.
Ao ser questionado sobre possíveis abusos durante os trabalhos da comissão, Aziz disse acreditar que não, pois "em uma investigação, três quatro vezes por semana, é lógico que, quando vai se aprofundando a investigação, há um estresse natural. É normal. Nenhuma briga é boa".
De acordo com Omar, há apenas um arrependimento em sua condução na CPI da Covid: "Não ter prendido Carlos Wizard. Esse tem de ir para a cadeia. Ele é um charlatão, está certo? Se utilizando de um nome que ele ganhou enganando os brasileiros, aí propagava: 'Hahaha, você sabe lá quem morreu? É quem ficou em casa'".
O parlamentar defende ainda a tese que a comissão "cumpriu seu papel" e que, por ele, a CPI "terminava na semana que vem [nesta semana]".