Eduardo Leite (PSDB-RS)
Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini
Eduardo Leite (PSDB-RS)



O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, formalizou simbolicamente, nesta terça-feira, a disputa às prévias do PSDB à Presidência da República e minimizou a vantagem do ex-presidente Lula e do presidente Jair Bolsonaro, que aparecem respectivamente em primeiro e segundo lugar no último levantamento divulgado pelo Datafolha.

De acordo com o tucano, um ano antes de ele vencer a eleição ao governo em 2018, as pesquisas não o colocavam sequer no segundo turno. Tanto Leite quanto o presidente do PSDB, Bruno Araújo, que também participou do evento, veem como pouco provável a adesão do PSDB a atos anti-Bolsonaro convocados por PDT, PT e PSB.

"O segundo turno à Presidência não será entre Lula ou Bolsonaro. Neste momento, as pessoas não estão preocupadas com eleição, mas com vacina e problemas como a inflação. Com os debates, a população conhecerá os outros candidatos. É prematuro tirar qualquer conclusão das pesquisas agora. Se olhar um ano antes da minha eleição, eu não estaria nem no segundo turno no Rio Grande do Sul ", disse Leite.

Ainda sobre as pesquisas, Leite afirmou que os levantamentos apontam uma alta rejeição de Bolsonaro e Lula.

"Pouco se fala da polarização na rejeição. As pessoas estão cansadas dessa guerra de polarização. As pessoas querem superar isso."

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Indagado sobre o convite feito por PT, PDT e PSB para que o PSDB e outros partidos de centro e centro-direita participem de atos anti-Bolsonaro em outubro e novembro, tanto Leite quanto Bruno Araújo não demonstraram que haverá adesão tucana.

"Ainda não discutimos isso no partido, mas majoritariamete há resistências no PSDB de participar de atos com o PT, legenda com a qual não temos alinhamento. Uma coisa é participar de atos que não demarquem iniciativa de partidos políticos, outra é participar de atos convocados por partidos. Ressalto que os nossos filiados são livres para se manfifestar", pontuou Bruno Araújo.



Leite complementou o raciocínio do presidente do partido.

"Conheço manifestantes que foram em atos anti-Bolsonaro semanas atrás e saíram pouco tempo depois porque, nesses atos, começaram a distribuir adesivos com inscrição "volta Lula". E é importante reforçar que Bolsonaro é resultado de uma política do PT, sobretudo do ex-presidente Lula",  disse Leite.

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