A ministra Cármen Lúcia, em uma homenagem prestada ao ministro Luiz Fux que completou um ano à frente da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira que qualquer ataque à Corte "atinge a todos" e que o Brasil é "mais que uma pessoa ou um ato de voluntarismo".
A fala da ministra ocorre dois dias após os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes, que chamou de "canalha", e ao Supremo .
Recuo de Bolsonaro
Nesta tarde, porém, após almoçar com o ex-presidente da República, Michel Temer, o atual líder do Executivo brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), divulgou uma nota para falar sobre a crise entre os Poderes.
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Em um texto dividido em dez pontos, Bolsonaro disse que nunca teve a intenção de "agredir quaisquer dos Poderes" - mesmo com ataques constantes, nos quais, inclusive, chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de "canalha" .
Sobre Moraes, o presidente da República ainda disse: "Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes " .
Bolsonaro também declarou que "suas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum".
Outro ponto que merece destaque é sobre a relação da crise institucional e a economia brasileira: "Na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia".
Segundo a jornalista Delis Ortiz, da Globo, além de divulgar a nota, Bolsonaro também conversou por telefone com Moraes. A conversa teria ocorrido em tom ameno, apesar da elevação da tensão nos últimos dias.