Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
Marcos Brandão/Senado Federal
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)



Após  rejeitar o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reagiu às críticas do presidente Jair Bolsonaro dizendo que "não vai fazer disso um cavalo de batalha".

Durante evento da XP Investimentos, nesta quarta-feira, Pacheco reforçou que a denúncia feita por Bolsonaro sobre Moraes "não tinha adequação legal". Ontem, ele arquivou o pleito por "ausência de justa causa". O parlamentar seguiu parecer da Advocacia-Geral da Casa.

"Eu respeito toda e qualquer crítica do presidente Jair Bolsonaro em relação a essa decisão. É natural que tenha, porque foi uma decisão que rejeitou o pedido do presidente, e não farei disso também um cavalo de batalha porque é importante respeitar as posições divergentes", declarou, por videoconferência.

"É preciso respeitar as decisões quando nos desagradam. Eu tenho muita tranquilidade de manter a boa relação com as instituições, inclusive com o presidente Jair Bolsonaro. Tenho absoluta convicção de que não é nada pessoal do Bolsonaro em relação a mim, e nem eu a ele. É uma decisão que precisava ser tomada à luz de critérios jurídicos e políticos", afirmou.

Mais cedo, Bolsonaro comparou o caso com outra decisão de Pacheco, de abrir a CPI a Covid. Na época, o presidente do Senado deixou o pleito engavetado, mesmo após senadores reunirem assinaturas suficientes, e a instalação da comissão só ocorreu após determinação judicial, do ministro Luís Roberto Barroso, também do STF.

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"O presidente do Senado, o senhor Pacheco, ele atendeu e acolheu uma decisão da sua advocacia, advocacia lá do Senado. Agora, quando chegou uma ordem do ministro Barroso para abrir uma ordem da CPI da Covid, ele mandou abrir e ponto final. Ele agiu de maneira diferente de como agiu no passado", declarou Bolsonaro, em entrevista à Radio Jornal, de Pernambuco.


Bolsonaro também disse lamentar a decisão do Pacheco e afirmou que continuará sua atuação:

"Lamento a posição do senhor Rodrigo Pacheco no dia de ontem, mas nós continuaremos aqui no limite, dentro das quatro linhas (da Constituição), (para) buscar garantir a liberdade do nosso povo", finalizou. 

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