Nesta terça-feira (24), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse, em entrevista a jornalistas, que não poderia interferir na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para definir a ordem das sabatinas.
Na tarde de hoje, a CCJ aprovou a indicação do procurador-geral da República, Augusto Aras, para recondução ao cargo , com 21 votos favoráveis, 6 contrários e nenhuma abstenção. A indicação agora vai a Plenário.
Pacheco disse que não poderia intervir para marcar a sabatina do ex-advogado-geral da União André Mendonça, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe do Senado afirmou que a decisão cabe ao presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), organizar a pauta .
"Não seria nem elegante interferir. Na democracia, temos que respeitar a autonomia das instituições. A CCJ é uma instituição que tem sua autonomia e regramento. Fica a cargo do presidente da CCJ organizar sua pauta", disse ele.
O Palácio do Planalto aposta que a resistência de Alcolumbre em dar andamento à indicação de Mendonça ao Supremo está perto do fim .
A avaliação de auxiliares de Jair Bolsonaro (sem partido) é que o senador não tem mais justificativa para não pautar a sabatina e começa ser pressionado não apenas por aliados do governo , como também por integrantes da Corte que está com um membro a menos desde a aposentadoria do ministro Marco Aurélio de Mello, no início de julho.
— Com informações de Agência O Globo