O plenário da Câmara aprovou nesta quinta a exclusão do texto da reforma eleitoral o chamado "voto preferencial", criticado por ser um modelo que acaba com o segundo turno nas disputas majoritárias, casos de presidente, governador, prefeito e senador. Os deputados derrotaram esse ponto da PEC por 388 votos contrários à sua inclusão na eleição e 36 foram favoráveis.
Nessa modalidade, o eleitor escolhe cinco candidatos, na sua ordem de preferência . Se algum dos candidatos obter 50% dos votos mais um, estará automaticamente eleito. Se não alcançar, aí começa dá início uma matemática: se exclui, inicialmente, o quinto mais votado. Depois faz nova conta com os quatro restantes. Se, entre esses, ninguém ainda alcançar a maioria absoluta (50% mais 1), exclui o quarto lugar. E assim por diante, até que um deles atinja o patamar necessário.
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A relatora Renata Abreu (Podemos-SP) inseriu o voto preferencial no seu relatório acatando uma sugestão do Novo. O argumento do partido era que, com a eleição polarizada como está, os partidos de centro ficam sem chances nessas disputas eleitorais.
"Os partidos de centro não disputam o segundo turno não é por causa do modelo eleitoral, mas é porque suas propostas não agradam ao eleitor", disse Henrique Fontana (PT-RS).
Do PT ao PSL, vários partidos orientaram contra essa proposta.