O delegado da Polícia Civil de São Paulo, Carlos Alberto da Cunha, de 43 anos , negou as acusações de suposto enriquecimento ilícito. O Ministério Público abriu um inquérito civil para apurar atos de improbidade administrativa. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
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Em um vídeo publicado em suas redes sociais, com mais de duas horas de duração, o servidor afirmou que trata-se de perseguição e injustiças sofridas pelo Governo de São Paulo.
"Para você ser rico, não precisa ter patrimônio? Eu não tenho nenhum apartamento. Tenho um carro. Isso é rico?", questionou o delegado em uma transmissão ao vivo realizada na noite da última quarta-feira (11).
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O inquérito instaurado pelo Ministério Público visa invesigar o ganho de dinheiro com vídeos de operações oficiais realizadas pela Polícia Civil. A moneticação deste conteúdo seria irregular.
"Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no artigo 1° desta lei", diz trecho do artigo 9º em que se baseia a apuração.
Da Cunha citou reportagens e programas policiais trasmitidos pelas emissoras de televisão em comparação com os vídeo compartilhados em seu canal. "A Band filma a polícia o dia inteiro, põe no Datena, coloca comercial e ganha dinheiro com isso. A Rede TV! também filma e põe na TV. É óbvio que é lícito filmar operação policial."
No fim do último mês, a Polícia Civil de São Paulo afastou o delegado. Da Cunha foi obrigado a entregar suas armas e seu distintivo.