O presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), encerrou a sessão da CPI da Covid -19
, realizada nesta quinta-feira (12), no Senado Federal. A ação ocorreu após a sessão ser suspensa, pela segunda vez, por um bate-boca entre o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) e senadores.
A discussão foi motivada por uma declaração de Barros. De acordo com o parlamentar, líder do governo na Câmara, a CPI é a culpada por falta de vacinas.
A fala foi dada em coletiva de imprensa após a primeira suspensão da reunião pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM). Barros chegou a repetir a afirmação que gerou bate-boca e a consequente interrupção do depoimento. Segundo ele, os trabalhos da CPI têm afastado laboratórios interessados em vender vacinas ao país e isso teria retardado o processo de imunização da população.
"A CPI, através da sua forma agressiva está afastando fornecedores de vacinas do Brasil. E a vacina que o senador Renan (Renan Calheiros) falou, da CanSino, de U$ 17, muito cara, na verdade era dose única. Então era a vacina mais barata que estava sendo vendida ao Brasil, 60 milhões de doses e o fornecedor se afastou daqui. Eu lamento isso, porque deixamos de comprar a Covaxin, deixamos de comprar Sputinik, 30 milhões de doses que já podiam ter sido aplicadas, salvando vidas, evitando internações. Deixamos de comprar da CanSino, 60 milhões de doses. Então isso tem um preço para a sociedade brasileira", disse o deputado.
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Depois de encerrar a sessão, Aziz afirmou que Barros, antes convidado para depor na CPI, agora será convocado. "O convite foi uma deferência a deputada federal. A gente convida quem a gente respeita. Conovação, a gente faz a quem não respeitamos. Simples assim. Que o deputado busque no STF um recurso para não comparecer. Mas, por enquanto, ele terá que vir no dia e no horário em que marcarmos", afirmou o presidente da CPI.
Alessandro Vieira diz que Ricardo Barros mentiu
Em resposta à alegação do deputado Ricardo Barros de que a CPI da Pandemia teria afastado empresas interessadas em vender vacinas ao Brasil, Alessandro Vieira (Cidadania-SE) informou que farmacêutica chinesa CanSino desmentiu o depoente. Segundo o senador, a empresa continua interessada em vender vacinas ao país. Ele sugeriu consulta ao STF sobre medidas que podem ser tomadas contra Barros e sugeriu que ele preste novo depoimento na condição de convocado - medida acatada por Aziz.
"É um momento grave da vida nacional, que não comporta molecagem, que não comporta brincadeira, exige respostas sérias e exige verdade. Não temos como fazer isso com essas circunstâncias e com esse depoente", disse Alessandro Vieira.
*Com Agência Senado