O representante no Brasil da empresa Davati, Cristiano Carvalho, afirmou em depoimento à CPI que o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, insistiu em buscar contato para compra da vacina.
"Eu nunca entrei em contato com o Ministério da Saúde, o Ministério da Saúde que me procurou através do senhor Roberto Ferreira Dias", afirmou Carvalho, explicando depois que “devido à insistência” das pessoas em procurá-lo ele viu uma “oportunidade”.
De acordo com Crisitano, o primeiro contato foi dia 3 de fevereiro com a mensagem: “ quando puder me retorne, sou Roberto Ferreira Dias do Ministério da Saúde”. O representante da Davati disse que foi feita uma perícia no celular dele e que todas as mensagens áudios serão entregues à CPI.
Após receber a mensagem de Dias, Carvalho disse que chegou a checar na internet sobre quem era Dias, porque achou que poderia ser “fake news”.
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Em depoimento à CPI, o PM Luiz Paulo Dominghetti disse que Dias teria condicionado fazer negócio com a Davati em troca de propinas no valor de U$ 1 por dose de vacina. Inicialmente, a Davati venderia 400 milhões de vacinas da AstraZeneca contra a Covid-19 por U$ 3,50, mas o preço acabou passando para U$ 15,50.
Após o pedido de “comissionamento”, Cristiano Roberto disse que passou a tratar do negócio com o tenente-coronel Blanco, que atuou como assessor do departamento na gestão de Dias.