Aécio Neves (PSDB-MG)e  Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
Pedro França/Agência Senado - 9.8.16
Aécio Neves (PSDB-MG)e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)

Aloysio Nunes, candidato à vice-presidência na chapa de Aécio Neves (PSDB) na eleição de 2014, rebateu a fala de Bolsonaro sobre suposta fraude na disputa que reelegeu Dilma Roussef (PT).  "A eleição foi limpa, nós perdemos porque faltou voto", disse Aloysio à Folha de S. Paulo.

Ontem (7), o presidente da República disse, sem apresentar provas, que "Aécio foi eleito em 2014". Ele afirmou haver um levantamento "feito por gente que entende do assunto e esteve presente lá dentro" que prova que o tucano teve mais votos que a petista.

O argumento de Bolsonaro veio junto à defesa pelo voto impresso, uma de suas principais bandeiras desde que foi eleito em 2018 — e que tem sido realçada ao passo que as eleições de 2022 se aproximam. Uma  PEC sobre o tema tramita no Congresso, mas tem alta rejeição e pode não ser aprovada.

“Eles vão arranjar problemas para o ano que vem. Se esse método continuar aí, sem a contagem pública, eles vão ter problemas. Porque algum lado pode não aceitar o resultado, e esse algum lado obviamente é o nosso lado. Queremos transparência, o voto auditável”, disse o chefe do Executivo em entrevista a rádio Guaiba .

Segundo Aloysio Nunes, "é evidente que ele [Bolsonaro] não tem prova nenhuma, porque não houve fraude". O próprio candidato à época, Aécio Neves, reconheceu a derrota no mesmo domingo em que perdeu a disputa para a petista.

À Folha , Aécio Neves — que integra a comissão especial da Câmara que discute a proposta — disse que não acredita em fraude, mas alegou que as urnas eletrônicas podem evoluir futuramente.

"Eu não acredito que devamos ficar presos eternamente às urnas de primeira geração. Mas é melhor deixarmos para voltar a esse debate depois de 2022."


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