Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello
O Antagonista
Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello

A Procuradoria da República no Distrito Federal elencou, em processo de improbidade contra Pazuello impetrado na Justiça Federal , os erros do ex-ministro da Saúde na condução da pandemia no Brasil. O documento obtido pelo G1  fala em erros “dolosos” e “graves” do general.

A ação assinada por oito procuradoreds relata que há, no mínimo "negligência grave do ex- ministro na ausência de adoção de providências imprescindíveis para a contenção da pandemia”.

“Diz-se, no mínimo, porque tudo indica que tais condutas são, em verdade, dolosas, uma vez que, como se narrou na descrição dos fatos, as atitudes adotadas pelo chefe da pasta da saúde o foram não com apoio em critérios técnicos, estudos científicos e necessidades prementes da população (que exigiriam diligência no planejamento para aquisição e distribuição de vacinas , kits de testes etc), mas, ao contrário, com base na aceitação acrítica (e injustificável) de orientações não técnicas e não-científicas de setores internos e externos ao governo federal”, dizem os procuradores.

Os procuradores também destacam que o Ministério da Saúde não tinha compromisso com a eficiência na definição dos planos de combate a pandemia e citam  gastos com remédios comprovadamente ineficazes — como a cloroquina e hidroxycloroquina.

Os procuradores apontaram, ainda, que “essas condutas também afrontaram fortemente o princípio da lealdade institucional, que deveria pautar a atuação do Ministro de Estado, uma vez que, tendo ao seu dispor corpo técnico do Ministério especializado e capaz de orientá-lo com segurança no campo das ações sanitárias – já que o Ministro não tem qualquer formação na área — preferiu deixá-lo de lado e insistiu na adoção de medidas comprovadamente não eficazes ou, até mesmo, maléficas ao usuário”.

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