Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado
Jefferson Rudy/Agência Senado
Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado

Em entrevista à CNN Brasil , o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse ter "plena confiança" no atual sistema eletrônico de votações e afirmou que não identifica nenhum indício de fraude em relação às urnas eletrônicas .

"A minha posição é de plena confiança na Justiça eleitoral brasileira. Não identifico indício algum de fraude nos resultados eleitorais do Brasil. Portanto, essa é uma opinião que tenho, que o sistema eleitoral deveria continuar pelo sistema eletrônico. No entanto, como presidente do Senado, devo permitir que as divergências possam coabitar e discutir um resultado que seja eventualmente diferente daquilo que eu prego ou penso", disse.

A fala de Pacheco contraria a opinião do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que vem duvidando da confiabilidade da urna eletrônica, sem qualquer evidência, e defendendo a implementação de um sistema de voto impresso no país .

O presidente do Senado também afirmou que o  impeachment "não pode ser banalizado", pois gera "muita desestabilização". "É um instituto que existe no ordenamento jurídico e que gera muita desestabilização. Acaba sendo uma ruptura, de modo que tem que ser tratado com muita responsabilidade, sobretudo no momento em que o Brasil precisa de união, pacificação e consenso", disse.

Na última quarta-feira (30), partidos políticos de esquerda, centro e direita, além de entidades da sociedade civil protocolaram um 'superpedido' de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados . O documento lista todas as acusações já citadas nos mais de cem pedidos de protocolados na Casa, mas que não foram abertos pelo atual presidente Arthur Lira (PP-AL) e seu antecessor, Rodrigo Maia (sem partido). 

Pacheco também demonstrou preocupação com o avanço de uma reforma administrativa, pois há resistência na base do governo e defendeu a aprovação de uma reforma tributária que não aumente a carga tributária. "É fundamental que o Poder Executivo se faça presente, porque é o ente que arrecada, mas também é um papel do Congresso Nacional, de apresentar uma fórmula, uma proposta, que signifique desburocratização, simplificação, que combate algo muito grave hoje, que é a desigualdade".

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