O Brasil terá neste sábado (3), em pelo menos 290 cidades, mais um dia nacional de luta contra o governo de Jair Bolsonaro
. Serão as primeiras manifestações
públicas após o superpedido de impeachment
, protocolado na quarta-feira (30) na Câmara dos Deputados.
Os atos ' 3J Fora Bolsonaro ' deste sábado, bem como o 'superpedido' de impeachment, têm adesão mais diversa, com convocação feita por partidos de esquerda, sindicatos e até mesmo partidos de direita, como o PSDB paulistano, que convocou seus filiados pela primeira vez.
Anteriormente marcado para o fim do mês, o dia de protestos que tem como objetivo principal o impeachment de Bolsonaro foi antecipado após o escandâlo da Covaxin. No fim da noite desta sexta-feira (2), mais um capítulo sobre a investigação pode apimentar ainda mais os protestos: a ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito contra o presidente por prevaricação .
A investigação foi requisitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e vai apurar a conduta de Bolsonaro em relação ao processo de compra dos imunizantes Covaxin . O deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, servidor do Ministério da Saúde, denunciaram possíveis irregularidades no contrato das vacinas, citando nominalmente o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas), nome forte do centrão.
Convocações
"O Brasil não aguentará o governo genocida , e agora investigado por corrupção , de Jair Bolsonaro até 2022. O impeachment é urgente, tem de ser agora", diz carta assinada por centrais sindicais convocando trabalhadores.
"Nosso líder [o ex-prefeito] Bruno Covas disse que restariam poucos dias para o obscurantismo e o negacionismo e, para que isso se concretize, é necessário que todos os que são a favor da democracia e principalmente da vida se unam contra um governo que coloca o brasileiro a venda por 1 dólar", declarou Fernando Alfredo, presidente do PSDB em São Paulo, por meio de uma nota.
O Movimento Brasil Livre (MBL), conhecido principalmente por sua participação nas manifestações que abriram caminho para o impeachment de Dilma Rousseff (PT), chegou a especular participar, mas o líder e deputado federal Kim Kataguiri (DEM) acabou negando, citando o risco de uma terceira onda da Covid-19. "O MBL estará na rua assim que a vacina estiver no braço e a população não estiver em risco", garantiu ao UOL.
Confira locais e horários dos atos nas 26 capitais e em Brasília hoje
Sudeste:
ES: Vitória - UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) (14h);
MG: Belo Horizonte - Praça da Liberdade (14 h);
RJ: Rio de Janeiro - Monumento Zumbi (10h) e Cinelândia (13h); e
SP: São Paulo - MASP (15h).
Sul:
RS: Porto Alegre - Largo Glênio Peres (15h);
PR: Curitiba - Santos Andrade (15h); e
SC: Florianópolis - Praça Tancredo Neves (9h30).
Nordeste:
AL: Maceió - Praça Centenário (9h);
BA: Salvador - Largo do Campo Grande (14h);
CE: Fortaleza - Praça Portugal (15h);
MA: São Luís - Praça Deodoro (8h );
PB: João Pessoa - Caminhada Lyceu Paraibano (9h);
PE: Recife - Praça do Derby (9h);
PI: Teresina - Praça Rio Branco (9h);
RN: Natal - Midway na Av. Senador Salgado Filho (15h); e
SE: Aracaju - Praça da Bandeira (14h).
Norte:
Norte AC: Rio Branco - Palácio Rio Branco (16h);
AM: Manaus - Praça da Saudade (15h);
PA: Belém - Praça da República (8h);
RO: Porto Velho - Passeata a partir da Praça das 3 Caixas d'Água (8h30) e carreata a partir da Av. 7 de setembro (8h30);
RR: Boa Vista - Praça Germano Augusto Sampaio (9h); e
TO: Palmas - Parque dos Povos Indígenas (16h).
Centro-oeste:
Centro Oeste DF: Brasília - Museu Nacional (16h);
GO: Goiânia - Caminhada e Carreata a partir da Praça Cívica (9h);
MS: Campo Grande - Praça do Rádio (9h); e
MT: Cuiabá - Ato Simbólico na Prainha (6h), carreata a partir do Sesc Arsenal (8h) e ato de rua na Praça Alencastro (10h).