Nesta sexta-feira (2), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber autorizou a abertura de um inquérito para investigar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por suposto crime de prevaricação, em relação ao caso da vacina indiana Covaxin .
A investigação foi requisitada pela Procuradoria-Geral da República
(PGR) e vai apurar a conduta de Bolsonaro em relação ao processo de compra dos imunizantes Covaxin
. O deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, servidor do Ministério da Saúde, denunciaram possíveis irregularidades no contrato das vacinas.
A decisão da ministra autoriza a PGR a requisitar informações de diversos órgãos e tomar depoimentos dos envolvidos, como o próprio presidente Bolsonaro e os irmãos Miranda. A investigação terá um prazo inicial de 90 dias.
A ministra
já havia cobrado uma posição da PGR
nessa quinta-feira (1) em relação à notícia-crime apresentada por três senadores ao Supremo no início dessa semana, pedindo para que a investigação continuasse sendo apurada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.
Em depoimento à CPI , o deputado Luis Miranda disse ter levado as suspeitas em relação ao contrato da Covaxin diretamente ao presidente Bolsonaro , ainda em março. No encontro, o mandatário teria dito que levaria o caso à Polícia Federal, mas não há indícios de que isso tenha acontecido.