Carlos Wizard, empresário apontado como um dos membros do gabinete paralelo
Adriana Lorete/Agência O Globo
Carlos Wizard, empresário apontado como um dos membros do gabinete paralelo

Os advogados de defesa de Carlos Wizard pediram que o  depoimento do empresário à CPI da Covid — marcado para a próxima quinta (17) — seja feito de maneira remota. A defesa alega que Wizard está nos Estados Unidos desde o dia 30 de março "acompanhando tratamento médico de familiar".

Wizard é apontado como um dos membros do suposto "gabinete paralelo" do Ministério da Saúde , que teria aconselhado Bolsonaro a apostar em medicamentos como cloroquina ao invés de atuar na compra ágil de vacinas contra a Covid-19.

"Se o requerente [Wizard] deixar o território americano para atender a convocação dessa importante Comissão Parlamentar, não poderá retornar de imediato por conta das restrições de entrada impostas pela Ordem Executiva de 25 de janeiro de 2021 da Presidência da República dos Estados Unidos", disse a defesa do empresário.

Os senadores vinham cobrando uma resposta de Wizard desde que o requerimento para a sua convocação foi aprovado. Os parlamentares chegaram a cogitar a condução coercitiva de Wizard caso as notificações não fossem respondidas. 

No pedido encaminhado pelos advogados Adelmo Emerenciano, Sergio Emerenciano e Maria Isabel Bermudez Colombo à CPI, também foi pedido o acesso aos documentos obtidos pela CPI e relacionados a Wizard.

"Foi amplamente noticiado na imprensa e afirmado por membros desta comissão investigadora que a mesma detém documentos que implicam o requerente [Wizard] em uma direta relação com as irregularidades e ilícitos investigados, tendo, inclusive, ocorrido a reclassificação do nível de sigilo desses documentos."

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