Após declarar que desobrigará o uso de máscaras em plena a pandemia de coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro foi alvo de críticas de políticos. Na tarde desta quinta-feira (10), o presidente disse que pediu para ministro Marcelo Queiroga editar as medidas de uso obrigatório do equipamento de segurança para aqueles que já tenham sido vacinados contra Covid-19 ou sido infectados pelo vírus.
Bolsonaro não deu mais detalhes sobre como a "desobrigação" ocorrerá, já que, a respeito do uso de máscaras, não há uma norma federal, apenas decretos estaduais e municipais.
Nas redes sociais, o presidente foi referido como “criminoso”, “psicopata”, “assassino”, e “genocida” por políticos.
Em nota, o líder da Oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) afirmou que "É inacreditável que, mesmo com o país tendo mais de duas mil mortes de COVID-19 na véspera, o presidente continue se dedicando a boicotar as medidas de enfrentamento à pandemia do coronavírus. Se de fato Bolsonaro apresentar qualquer medida desobrigando o uso de máscara, que é uma determinação de uma lei aprovada pelo Congresso Nacional, usaremos todos os recursos cabíveis, no Legislativo e no Judiciário, para impedir mais este absurdo. O uso de máscara salva vidas e boicotar isto é trabalhar pela morte do nosso povo”.
Mas, em meio a tantos tuites, houve quem concordasse com a proposta. O vereador de Fortaleza, Carmelo Neto, declarou seu apoio.