O assessor especial do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), debochou da agressão sofrida pelo presidente da França, Emmanuel Macron, no sudeste do país, esta semana. Max Guilherme Machado de Moura postou uma mensagem em sua conta pessoal do instagram.
"Tem muita gente achando que é igual o presidente Bolsonaro que é só sair na rua que a população vai aplaudir!!!! Vai vendo (sic)", escreveu o assessor, além de acrescentar emojis rindo do ataque.
Na última terça-feira (8), em visita a Tain-l'Hermitage, na região do Drôme, na França, o presidente Macron se aproximou para cumprimentar a população, mas uma pessoa lhe deu um tapa em seu rosto. Imediatamente, a segurança do presidente francês afastou o agressor. Macron não se feriu gravemente. Imagens do ataque circularam pelas redes sociais.
O manifestante, Damien Tarel, foi condenado a 18 meses de prisão pelo tribunal francês por ter dado o tapa na cara do presidente . No entanto, por não ter antecedentes criminais, Tarel irá cumprir 4 meses na cadeia
Segundo a jornalista Juliana Dal Piva, do Uol, o assessor é lotado no gabinete do presidente e faz parte da lista pessoal de candidatos a deputado federal que o presidente pretende lançar em 2022. A ideia é que Moura dispute uma vaga pelo Rio de Janeiro. Os dois estiveram juntos no ato com motociclistas na capital fluminense.
Sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Moura chegou a integrar o Bope e há muitos anos é próximo da família Bolsonaro, sobretudo depois do atentado sofrido pelo presidente, quando reforçou a sua segurança, ainda em 2018. Com a posse, se tornou assessor especial do gabinete presidencial. Ele tem um salário de R$ 8,1mil e ocupa um imóvel funcional.
Moura está ao lado de Bolsonaro quase todos os dias e faz um pouco de tudo. É segurança, mas grava vídeos e também atua na divulgação de memes e ataques a adversários do presidente em coordenação com os outros assessores do chamado "gabinete do ódio". Moura passou férias em fevereiro junto com Bolsonaro em São Francisco do Sul, em Santa Catarina, quando foram gastos R$ 2,3 milhões.
Em março, o assessor ainda integrou a comitiva do governo federal que foi a Israel, de jatinho da FAB, para averiguar o spray nasal israelense contra a covid-19.