O auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa e Silva foi afastado de suas funções e confessou à chefia imediata que ele fez as análises citadas por Jair Bolsonaro (sem partido) nesta semana, questionando o número de mortes pela covid-19 no Brasil
. O presidente disse que o número era superestimado, creditando a informação ao TCU, que logo o desmentiu
.
Segundo informações preliminares encaminhadas à corregedoria do tribunal, o auditor comentou suas análises pessoais com o pai, que é militar e amigo pessoal de Bolsonaro. Ele teria levado as informações falsas ao presidente.
A corregedoria, sob comando do ministro Bruno Dantas, deve encaminhar um relatório à presidente do TCU, Ana Arraes, propondo a abertura de um processo disciplinar contra Alexandre Figueiredo Costa e Silva Marques. O objetivo é que a investigação seja aprofundada , com a oitiva de depoimentos dos envolvidos.
O auditor chegou a ser indicado para uma diretoria do BNDES em 2019. Sua posse foi barrada pelo próprio TCU, por conflito de interesses
, já que o tribunal fiscaliza o banco. Segundo o portal Metrópoles, além de próximo do presidente, Alexandre é crítico do PSOL e da imprensa.
- Com informações do jornal Folha de S. Paulo e do portal Metrópoles