Em conversa com apoiadores na chegada ao Palácio do Alvorada nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro brincou que seria "ininfectável", isto é, que não pode ser infectado. Durante a conversa, o presidente voltou a dizer que é um "homem 3I", referência a "imorrível, incomível e imbrochável" . O presidente, entretanto, se confundiu inicialmente e, ao adicionar mais um adjetivo, disse que é "infectável". Posteriormente, lembrado por apoiadores, Bolsonaro se corrigiu. O presidente já se infectou uma vez com o coronavírus , em 2020.
O presidente destacou os números do PIB que apontaram um crescimento de 1,2% no primeiro trimestre em comparação com o último trimestre de 2020. Segundo ele, o resultado foi fruto das medidas adotadas pelo governo federal e criticou as medidas restritivas adotadas pelos governadores e prefeitos.
Bolsonaro também aproveitou a conversa para fazer críticas à condução da CPI da Covid no Senado. O presidente atacou o presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD/AM) e o relator, Renan Calheiros (MDB/AL) . Nesse momento, uma apoiadora relembrou o presidente dos três "is" com os quais ele se classificou.
— O imbrochável, o incomível e o imorrível — disse.
— E o infectável! — completou Bolsonaro.
Poucos minutos depois, os apoiadores voltaram a repetir os três adjetivos e corrigiram o presidente.
Você viu?
Apesar da brincadeira, em um momento em que o Brasil se aproxima de 500 mil mortes
causadas por Covid-19.
— Alguns acham, tem gente filmando aqui. Vai sair eu rindo. (Vão falar que) não pode, não sei o quê. Pô, se a gente não tentar ser feliz, vai esperar o quê? Eu pergunto: essa pandemia vai acabar quando? Até as eleições do ano que vem? — disse o presidente, antes de completar: — A gente lamenta as mortes, o vírus mata realmente, mas a gente tem que viver.
Durante conversa com apoiadores, gravada e publicada nas redes sociais por uma página simpática ao presidente, Bolsonaro afirmou que sua filiação ao Patriota está quase certa . O presidente, entretanto, não quis oficializar sua entrada no partido. Nesta segunda-feira, um dos filhos de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, entrou no partido.
— Está quase certo, estamos negociando. É como um casamento, tem que ser programado, senão dá problema — afirmou.