Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e procurador-regional da União da 1ª Região, advogado Diogo Palau Flores dos Santos
Jefferson Rudy/Agência Senado
Ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e procurador-regional da União da 1ª Região, advogado Diogo Palau Flores dos Santos

Nesta quinta-feira (20), durante a segunda sessão da CPI da Covid com o ex-ministro Eduardo Pazuello , o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) comparou o ex-chefe da Saúde com Aldof Eichmann, chefe da Seção de Assuntos Judeus no Departamento de Segurança de Adolf Hitler durante o Holocausto. O coronel nazista foi condenado à pena de morte e era o responsável pela deportação de judeus aos campos de concentração.

Em seu julgamento, Eichmann argumentou que apenas cumpria ordens dadas por superiores. O senador comparou essa fala com a de  Pazuello durante depoimento à Comissão.

"Um cidadão, militar, que serviu a um projeto de poder e não parou nem um instante para analisar as consequências do que fazia. Essa, senhor ministro Pazuello, parece a realidade. Eu posso testemunhas que o senhor nunca se portou pessoalmente de uma forma desleal", afirmou Vieira.

"Faço essa referência, ex-ministro Pazuello, porque muito claramente, nos contatos que tivemos, vossa excelência não se portou com desrespeito à vida, pelo contrário. [...] E tenho absoluta convicção que não falhou por decisão sua. Não consigo entender que diabo de dever de lealdade vossa excelência imagina ter, que faz com que acoberte o verdadeiro autor", continuou.

Depois disso, o senador e presidente da CPI, Omar Aziz (PSD), pediu para que a fala de Vieira não fosse incluída na transcrição dos arquivos da Comissão.

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