O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, confessou à Comissão de Inquérito Parlamentar ter comprado e distribuído máscaras hospitalares inadequadas , conforme determinação da Anvisa .
A resposta do geranal veio após o questionamento de Renan Calheiros. "O Ministério da Saúde adquiriu mascaras KN95 chinesas, não médicas, e outras que foram proibidas pela (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Anvisa por não serem eficazes. Mesmo assim, elas foram distribuídas aos Estados. Em depoimento à CPI, o presidente da Anvisa (Antonio Barros Torres) afirmou que as mascaras eram improprias. Vossa excelencia confirma esse fato?", indagou o relator.
Em resposta, Pazuello assumiu ter conhecimento sobre a ineficácia da máscara , mas que não interviu na distribuição . "Confirmo que compramos as máscaras e foram distribuídas. Talvez algumas não tivessem o selo para ser usada em uma (Unidade de Terapia Intensiva) UTI, mas poderiam ser usadas em outras situações. Sim, sei que houve discussões do gênero, mas não intervi para não distribuir (as máscaras)".
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O ex-ministro reiterou que a máscara era inadequada apenas para o uso na UTI , mas que haviam outras situações em que podiam ser utilizadas, apontando não haver problemas na compra do ítem de proteção hospitalar. "A decisão da Anvisa foi clara que ela poderia ser usada em várias atividades", alegou o general.
Pazuello não soube responder se as máscaras foram recolhidas após o Ministério da Saúde ter conhecimento sobre não poder utilizá-las. "Não me Recordo".