Ex-ministro Eduardo Pazuello
reprodução/tv senado
Ex-ministro Eduardo Pazuello

Em depoimento à CPI da Covid no Senado , o ex-ministro Eduardo Pazuello foi pressionado em relação ao envio de cilindros de oxigênio a Manaus durante crise vivida no estado do Amazonas no início do ano. Pazuello disse que agiu "desde o momento em que soube da crise" e foi questionado sobre a demora no envio da carga vinda da Venezuela.

"Do dia 10 ao dia 20 de janeiro, quando chegou a primeira carga da Venezula, passaram-se 10 dias, morrendo, em média, 200 pessoas por dia no Amazonas. Foram dois mil amazonenses que morreram", disse o senador Eduardo Braga (MDB-AM).

O deputado questionou Pazuello se faltou dinheiro ou vontade política do Estado para o envio de oxigênio a Manaus, e quando o ex-ministro respondeu que não, o senador perguntou: "E por quê não fez?".

O ex-chefe da Saúde respondeu, no entanto, que as medidas começaram a ser tomadas no dia seguinte em que ele tomou conhecimento da crise que assolava o município. "No dia 10 à noite tomei conhecimento, no dia 11 abrimos o CICC (Centro Integrado de Comando e Controle), dia 12 chegou o primeiro avião carregando oxigênio líquido, que é o avião da Força Aérea Brasileira".

"Todo o esforço aéreo nosso já começou no dia seguinte. Isso é um fato", acrescentou.

De acordo com ele, o pico de mortes no estado foi entre os dias 15 e 20 de janeiro, mas foi  desmentido  por Eduardo Braga, dizendo que Manaus sofreu com falta de oxigênio por vinte dias e precisou da ajuda do governo da Venezuela.

Depois, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) afirmou que o Amazonas recebeu mais de 2 milhões em emendas para tratar a saúde no estado, mas também  foi desmentido pelos senadores de Manaus e pelo prórpio presidente da CPI, Omar Aziz: "Deixa de ser mentiroso!", disse ele.

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