![Witzel foi afastado do cargo por suspeita de atos de corrupção em contratos públicos do governo do Rio de Janeiro Witzel foi afastado do cargo por suspeita de atos de corrupção em contratos públicos do governo do Rio de Janeiro](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/80/10/rl/8010rlsgf110asziab8e1ggds.jpg)
No Rio de Janeiro , os deputados Lucinha (PSDB) e Luiz Paulo Corrêa da Rocha (Cidadania), solicitaram ao Tribunal Especial Misto (TEM), que o governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), fosse condenado pelo crime de responsabilidade . As informações foram apuradas pelo Metrópoles.
A defesa de Witzel tem até 10 dias para apresentar os argumentos finais para a defesa do político ao TEM, que é comandado pelo presidente do Tribunal de Justiça, Henrique Figueira.
Ação leva como base principal, os contratos assinados pelo então governador do Rio com o Instituto de Atenção Básica e Avançada de Saúde (IABAS), sem cobrar licitação, por R$ 850 milhões para a construção e gerenciamento dos hospitais de campanha . Somente o do Maracanã foi concluído e funcionou em condições precárias. Político também requalificou a Organização Social Unir Saúde.
O ex-secretário de Saúde do Rio, Edmar Santos, prestou depoimento no TEM na quarta-feira (07) e ficou frente a frente com Witzel. O principal informante sobre o esquema de corrupção no Palácio da Guanabara disse que avisou ao governador na época que a entidade não poderia fazer negociações com o Estado. E que a requalificação era “batom na cueca”.
“As alegações finais mostram que o governador afastado, Wilson Witzel, teria cometido crime de responsabilidade. Com ato de ofício requalificou a Unir, contrariando todos os pareceres de duas secretarias e, depois de operações do Ministério Público Federal, voltou a desqualificar”, disse Luiz Paulo.
“Os gestores nomeados por ele contrataram o IABAS por R$ 850 milhões para construir e gerenciar sete hospitais de campanha e só um funcionou, o Maracanã, de forma precária, pagando R$ 200 milhões, sem licitação, em um contrato que a lei não permite. Os réus confessos demonstraram que na secretaria de Saúde a exceção era não ter corrupção”, ressaltou.
Wilson Witzel foi denunciado quatro vezes ao Superior Tribunal de Justiça ( STJ ) e acabou se tornando réu em uma delas. Ele é acusado de ter recebido cerca de R$ 554,2 mil em propina, levando em consideração os desvios de verba da área da saúde e o escritório de advocacia de sua esposa, Helena Witzel. O governador afastado nega as acusações e diz que motivo de ter deixado cargo não foi por ser ladrão.