Julgamento durou dias e negou ação que pedia liberação de cultos e missas
Rosinei Coutinho/SCO/STF
Julgamento durou dias e negou ação que pedia liberação de cultos e missas

Os ministros Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio Mello e Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), seguiram Gilmar Mendes e votaram contra ação que pedia a liberação de cultos e missas presenciais na pandemia da Covid-19. O placar ficou em 9 a 2 para proibir os encontros coletivos nas igrejas.

A maioria foi formada por Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello e Luiz Fux. Foram vencidos os ministros Dias Toffoli e Nunes Marques.

Com essa interpretação, a Corte entenda que prefeitos e governadores podem proibir a realização atividades religiosas com o objetivo de conter novas contaminações pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

O julgamento foi marcado por duros recados dos magistrados ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e por defesas enfáticas à ciência e a medidas de isolamento social no enfrentamento da pandemia.

"Nesta quadra, a melhor vacina que temos é o isolamento. Queremos rezar? Rezemos em casa. Não há necessidade de abertura de templo. Ante esse contexto, julgo improcedente, como fez o relator, o pedido feito na ADPF", afirmou Marco Aurélio Mello.

Já o ministro Luiz Fux, presidente da Corte, destacou o papel da fé para dar esperança, mas afirmou que momento é de seguir a ciência para salvar vidas.

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