Vice-presidente Hamilton Mourão
Reprodução: O Dia
Vice-presidente Hamilton Mourão

Nesta sexta-feira (19), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), falou sobre a atitude do presidente Jair Bolsonaro em entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade ( Adin ) no Supremo Tribunal Federal (STF), contra os governadores do Distrito Federal Rio Grande do Sul e Bahia, que implementaram medidas para conter a proliferação do novo coronavírus. As informações foram apuradas pelo Metrópoles. 

“Não é questão de confronto com governadores. Algumas medidas, o presidente coloca claramente, e eu concordo com ele. Além da liberdade de manobra que cada governador tem, como essa questão do ‘toque de recolher'”, conta o militar. 

“Acho que isso tem que ter uma legislação que ampare melhor. O que o presidente pretende é definir de forma homogênea o que venha a ser atividades essenciais”, ressaltou Mourão. 

“Em um estado, o cara diz que academia é atividade essencial. Outro estado diz que não é. É óbvio que isso tem que ser em comum acordo com o Congresso, que representa o conjunto da nação”, declarou. 

Mourão ainda foi questionado sobre os métodos alternativos encontrados para tentar diminuir a taxa de contágio nos estados e ele disse que isenta o governo de responsabilidade e ainda falou que deve ter algo “que parta de cada uma das pessoas”. 

“O nosso país é extremamente desigual. É muito confortável o cara que tem um salário fixo e que não vai ser posto para a rua. Mas e o ‘zé mané’ que tem que estar todo dia batalhando? Como a gente faz com esses caras?”, dispara o vice-presidente. 

“Além disso, transporte urbano continua aquela coisa: o cara vai igual sardinha em lata dentro do ônibus. Para mim, aquilo é a maior forte de contágio que tem aí”, finalizou. 

Por meio da Advocacia-Geral da União , o presidente entrou com uma ação de medida cautelar contra os governadores Rui Costa (PT), da Bahia, Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul e Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal. Durante sua live semanal, Bolsonaro avisou que entraria com pedido e chamou os gestores de “projetos de ditadores”. 

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