À frente de uma prefeitura com sérios problemas de caixa, Eduardo Paes (DEM-RJ) chega ao terceiro mês de governo no Rio de Janeiro se equilibrando para ter um bom relacionamento com o presidente Jair Bolsonaro , mas sem abandonar pautas como medidas restritivas para conter o avanço da Covid-19 .
A fim de equalizar essa relação, Paes conta com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), articulador político da família, como principal aliado. Foi numa ligação por vídeo com o parlamentar que o prefeito falou com o presidente pela primeira vez após ser eleito. No último dia 1º, Paes reencontrou Flávio durante a cerimônia de aniversário de 456 anos da cidade no Cristo Redentor. Segundo um interlocutor do democrata com a família Bolsonaro, o encontro serviu para o prefeito mandar um recado ao presidente e fazer um pedido ao senador.
De acordo com o interlocutor, Paes pediu a Flávio que não acreditasse em supostas críticas feitas por ele à família Bolsonaro . O prefeito teria sugerido que a mensagem chegasse até o presidente.
Cobrança pelo Twitter
Com Flávio, a relação é amistosa, mas o mesmo não acontece em relação ao seu irmão, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos). Por meio das redes sociais, ele tem feito ataques à gestão de Paes e à sua equipe de trabalho.
"Prefeito Eduardo Paes, é desta maneira que quer manter boas relações para reconstruir nossa cidade? Com nomeações em cargo na estrutura da sua prefeitura apoiando abertamente o ódio ao presidente da República?", escreveu Carlos no Twitter, referindo-se ao ator Marcelo Serrado , agora diretor artístico da Fundação Cidade de Artes, que, numa rede social, desejou "energias ruins" para Jair Bolsonaro.
O prefeito rebate algumas críticas, mas procura evitar grandes embates, sustentando a difícil relação com o presidente.