Deputado federal Arthur Lira (PP-AL)
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Deputado federal Arthur Lira (PP-AL)

Na noite desta quinta-feira (7), deputados bolsonaristas do PSL enviaram um documento para a Câmara para tentar aderir ao bloco de Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para a presidência da Câmara. A lista de adesão, porém, conta com o nome de deputados suspensos e deve ser invalidada.

Dos 53 deputados do PSL, 17 estão suspensos. Isso significa que, para aderir a um bloco, deve haver a maioria entre os 36 deputados ativos, ou seja, 19 assinaturas. Na lista de Vitor Hugo, havia a adesão apenas de 15 parlamentares deste grupo. O partido avalia um processo de expulsão contra Vitor Hugo e outros que tenham assinado a lista mesmo suspensos.

Vitor Hugo divulgou a lista como se estivesse valendo a decisão dos deputados. "Era um absurdo que o PSL traísse seus eleitores e se ligasse a um bloco que congrega partidos como o PT, PCdoB, PSB, PDT e outros que defendem tudo contra o que lutamos esses anos todos!!!", escreveu em rede social.

Luciano Bivar (PSL-PE), presidente do partido, disse que está dando início ao processo de expulsão do deputado por infidelidade partidária.

"Ele está totalmente fora da realidade, porque tem 17 deputados suspensos, inclusive ele, que não pode falar em nome do partido. Ele está cometendo um ilícito, porque está suspenso. Agora a gente pode expulsar e pedir o mandato dele. A gente vai pedir o mandato e a expulsão dele."

Dos 15 deputados ativos que assinaram o documento, um deles, Loester Trutis (PSL-MS), já retirou a assinatura.

"Eu assinei porque ainda não tinha uma orientação partidária. Mas, depois de uma reunião, aí sim, com o alinhamento partidário, decidi retirar para acompanhar o partido", disse Trutis.

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