Após a ministra do Supremo Tribunal Federal ( STF ), Cármen Lúcia, determinar na última sexta-feira (18) que a Procuradoria Geral da República (PGR) investigue a suposta interferência da Abin no caso das rachadinhas de Flávio Bolsonaro , uma quebra de sigilo de linhas telefônicas poderia confirmar a acusação.
Na última terça-feira (22), o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, defendeu que as investigações sejam feitas de forma “independente” pela Polícia Federal , que é subordinada ao ministério.
Segundo juristas, peritos, policiais federais e agentes da Abin (agência brasileira de inteligência) ouvidos pelo UOL, seria “razoavelmente fácil” comprovar se houve ilegalidade por parte da agência com uma quebra de sigilo . Contudo, existem entraves.
O atual diretor da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, é próximo de Alexandre Ramagem , diretor da Abin , e segundo denúncias, o mandante da produção de relatórios em defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
Em reportagem divulgada pela Revista Época, foi revelado que a agência, comandada por Ramagem, amigo da família Bolsonaro, produziu relatórios para que Flávio se defendesse das acusações de repasses ilegais no período em que era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.