Governador de São Paulo, João Doria, e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro
Reprodução/Planalto
Governador de São Paulo, João Doria, e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro

O governador de São Paulo , João Doria (PSDB), criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mais uma vez ao falar sobre a vacinação contra a Covid-19 . Os comentários do governador se devem ao fato do presidente ter afirmado, em outubro, que não compraria a CoronaVac, desenvolvida e testada pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac . As informações são do UOL .

Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (07), João Doria disse: "Triste o Brasil que tem um presidente que não tem compaixão pelos brasileiros, que abandonou o Brasil e os brasileiros". Na ocasião, o governador também divulgou o plano de  vacinação contra o coronavírus do estado de São Paulo.

A expectativa é de que a campanha comece no dia 25 de janeiro , no entanto, a data depende da aprovação da vacina CoronaVac pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que ainda passará pela terceira fase de testes. 

Críticas ao governo 

Doria também criticou o governo federal e pediu para a CoronaVac ser integrada ao Programa Nacional de Imunização.

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"A união de todos deve se sobrepor à guerra ideológica. Não há espaço para negacionismo. Não tem brasileiros de primeira ou segunda classe. Somos um mesmo povo. Somos um mesmo país. Montamos em São Paulo um plano que permite começar vacinação em janeiro. Não estamos virando as costas para o Programa Nacional, mas precisamos ser mais ágeis", disse.

"Pergunto: Por que iniciar vacinação dos brasileiros em março se podemos fazer isso em janeiro? Perdemos mais de 600 vidas todos dias no Brasil. Essa é uma realidade que não pode ser ignorada. Vacina não pode ser adiada. A vacina do Butantan, assim como demais vacinas, devem sem aplicadas imediatamente. Outro fator para antecipar vacinação é questão logística. Se deixar pra março, vai coincidir com vacinação da gripe. E isso não é bom", acrescentou Doria.

O Secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que a possível entrada da CoronaVac no Programa Nacional não afetará as datas anunciadas hoje, do Plano Estadual. Jean ainda afirmou que pediu a antecipação do início da vacinação em todo o Brasil.

"Houve uma reunião entre secretários estaduais entendendo que não podemos esperar. Ao mesmo tempo precisamos incorporar no Programa Nacional todas vacinas que estejam com testes em curso aqui no Brasil. É consenso entre todos gestores públicos que aguardar é um risco, é aumentar a mortalidade, é sobrecarregar o sistema de saúde. Mesmo com aquisição da Coronavac pelo governo federal, precisamos reformular datas. Isso vai salvar o nosso país", disse Jean.

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