Marta Suplicy no
Edilson Dantas / Agência O Globo
Marta Suplicy no "Martamóvel"

O prefeito de São Paulo e  candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB) fez sua primeira agenda pública com a ex-prefeita Marta Suplicy neste sábado em Parelheiros, bairro no extremo da zona sul da capital paulista.

O evento gerou uma aglomeração de cerca de 300 pessoas e foi a estreia do " Martamóvel ", o veículo projetado para que a ex-prefeita de 75 anos possa participar de atos de campanha sem se expor a multidões e ao risco de contágio do coronavírus.

Covas chegou ao local no veículo acompanhado por Marta e pelo vice da chapa, o vereador Ricardo Nunes (MDB).

Ao chegarem ao local de concentração do evento, a praça Julio Cesar de Campos, Covas e Nunes desceram do veículo e fizeram uma caminhada de aproximadamente 250 metros em meio a apoiadores pelo comércio local.

O veículo de Marta , um caminhão envidraçado similar ao papamóvel, seguiu a caminhada.

A ex-petista , que governou São Paulo entre 2001 e 2005, tem bons níveis de popularidade no bairro, e deve participar de outros eventos de campanha na tentativa de angariar votos para o tucano nas periferias.

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- Fico triste de não poder estar aí com vocês dando abraços, mas estou aqui para trabalhar com Bruno, que é um prefeito que tem sensibilidade. Parelheiros mora no meu coração - disse a ex-prefeita em um breve discurso de dentro do Martamóvel.

Marta também lamentou a morte de Beto Freitas, homem negro de 40 anos que foi espancado por seguranças de uma unidade do Carrefour em Porto Alegre. O caso tem sido relacionado a racismo e tem gerado protestos contra a rede varejista em todo o país.

"Ontem foi muito difícil [lidar com] o que aconteceu com Beto Freitas. O racismo em nosso país é estrutural mesmo se alguém ainda tinha dúvida. É importante que as escolas ensinem o respeito à mulher, ao negro e ao índio", disse ela.

Questionado sobre a possibilidade de a ex-prefeita ter espaço em seu eventual segundo mandato, Covas afirmou que o apoio de Marta não foi condicionado a cargos.

"Nenhum apoio foi negociado com espaço para a próxima administração. Não tem sentido negociar espaço na administração se ela nem existe. Vamos esperar o resultado das urnas e depois a gente conversa com todos os aliados", disse Covas.

A maioria das pessoas estava de máscara durante o evento, previsto para ter início às 10h, mas que começou com uma hora de atraso. Alguns apoiadores chegaram ao local do ato às 8h30 para poder ver Covas e Marta de perto.

O vereador Milton Leite (DEM), reeleito com a segunda maior votação, participou do ato usando uma máscara no queixo na maior parte do tempo. O parlamentar tirou selfies com eleitores e abraçou dezenas de pessoas. Covas e Nunes utilizaram corretamente suas máscaras durante toda a caminhada.

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