A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter presos os investigados na Operação Tris in Idem , que levou ao afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Entre os que permanecem presos está o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo .
O relator do caso, Benedito Gonçalves, também votou pela manutenção da prisão de José Carlos de Melo, Victor Hugo Cavalcante, Mário Peixoto, Cassiano Luiz, Lucas Tristão, Juan Elias Neves de Paula, Alessandro Duarte e Gothardo Lopes Netto. A maioria dos ministros votou com o relator, com exceção de Napoleão Nunes Maia.
Gonçalves defendeu que não viu, nos pedidos das defesas, argumentos que possam enfraquecer a decisão da prisão preventiva tomada anteriormente.
Segundo o ministro, "o estado de liberdade dos agravantes gera perigo e justo receio de reiteração criminosa, destruição de provas, dissipação de bens e valores".
"Tudo isso é necessário como mecanismo extremo para frear uma suposta organização criminosa amplamente enraizada, estruturada, complexa, política e economicamente poderosa", afirmou o relator.
"As medidas cautelares pessoais, que muitos pediram para substituir diverso da prisão, são, ao meu ver, insuficientes e inadequadas, pois, de acordo com a decisão impugnada, não seriam capazes de frear a atividade da suposta organização criminosa", acrescentou Gonçalves.