O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu, nesta segunda-feira (14), uma nova denúncia contra o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, por organização criminosa. A nova denúncia foi feita ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além do governador, outras 11 pessoas também foram denunciadas pelo MPF.
Segundo a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, que assina a denúncia, o grupo de Witzel atuou da mesma maneira que os grupos dos últimos dois ex-governadores do estado, que também sofreram acusações de corrupção.
A PGR detalhou a nova denúncia e classificou o esquema de desvios em categorias, na estruturação e divisão de tarefas em quatro núcleos básicos: econômico, administrativo, financeiro-operacional e político.
A subprocuradora Lindôra quer, além da condenação pelo crime de organização criminosa, a decretação da perda dos cargos públicos, em especial em relação a Wilson Witzel, e que os denunciados sejam condenados ao pagamento de uma indenização mínima no valor de R$ 100 milhões.
Outros denunciados
Além de Wilson Witzel e sua esposa, Helena Witzel, foram denunciados também o ex-secretário do governador Lucas Tristão, o presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, além de outros membros do suposto esquema envolvendo o esquema de corrupção do governador.
Os outros denunciados são: Edmar Santos (ex-secretário de Saúde), Lucas Tristão (ex-secretário Desenvolvimento Econômico), Gothardo Netto (ex-prefeito de Volta Redonda), Edson Torres (empresário), Victor Hugo Barroso (doleiro), Nilo Francisco da Silva Filho, Cláudio Marcelo Santos Silva, José Carlos de Melo e Carlos Frederico Loretti da Silveira.