Enquanto trabalhou nos gabinetes de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), uma assessora realizou saques suspeitos no período em que era funcionária na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro e na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), de 2007 a 2018. As informações foram dadas pela revista Época .
Andrea Siqueira Valle , de 48 anos, é irmã de Ana Cristina Siqueira Valle, segunda esposa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Andrea é procurada pelos promotores que apuram o caso de Carlos Bolsonaro e que antes eram responsáveis pela investigação das “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro .
De acordo com pessoas que conheciam Andrea, a mulher costumava reclamar da falta de dinheiro . Além disso, ela tinha dificuldades para criar a filha e, por muito tempo, fez faxinas para sobreviver.
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A ex-assessora também nunca teve crachá no Palácio Pedro Ernesto, e na Alerj só há um registro de pedido de identificação realizado em 2018.
Gabinete de Carlos Bolsonaro
Segundo a revista, em 2007 e 2008, Andrea Siqueira Valle sacou em espécie 97% de todo o valor que recebeu quando trabalhou para Carlos Bolsonaro na Câmara dos Vereadores do RJ . Foram 145 saques.
Na época, Valle tinha o hábito de sacar R$ 1.000 mensalmente, perto da data de pagamento do salário. Dos 145 saques realizados, 65 correspondiam aos de R$ 1.000. O último salário da ex-assessora no gabinete de Carlos foi de R$ 5.923,44 (R$ 11.195,30 em valores corrigidos).
Gabinete de Flávio Bolsonaro
De 2008 a 2018, Valle trabalhou no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro na Alerj . Durante esses anos, ela realizou 1.428 saques. Destes, 1.193 foram no valor de R$ 500.
Ela ganhava um salário bruto de R$ 7.326,64 (R$ 7.766,23 em valores corrigidos), além do auxílio-educação de R$ 1.193,36.