Otávio Rêgo Barros é exonerado do cargo de porta-voz da Presidência
Agência Brasil
Otávio Rêgo Barros é exonerado do cargo de porta-voz da Presidência


O ex-porta-voz da Presidência Otávio do Rêgo Barros é o mais novo nome na lista de ex-funcionários do governo que saíram do posto que ocupavam fazendo críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ou a integrantes do governo. Antes dele vieram os ministros Gustavo Bebianno, Santos Cruz e Sergio Moro.


Rêgo Barros

Em artigo publicado no "Correio Braziliense" na terça-feira, Rêgo Barros fez uma série de críticas indiretas a Bolsonaro. Sem citar o nome do presidente, o ex-porta-voz disse que o poder “ inebria, corrompe e destrói ”. O antigo auxiliar critica também auxiliares presidenciais que se comportam como “ seguidores subservientes ”. Ele assistia desde o fim de 2019 ao esvaziamento dos seus poderes como interlocutor do presidente no Planalto e foi exonerado no começo deste mês.

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Gustavo Bebianno

Em carta endereçada a Bolsonaro e divulgada após a morte de Bebianno, em março deste ano, o advogado demitido em fevereiro de 2019 faz alertas ao seu ex-chefe, dirigidos principalmente a Carlos Bolsonaro. "Meu Capitão, o senhor precisa acordar e cair em si", escreveu Bebianno. "O senhor cultiva e alimenta teorias de conspiração, intrigas e ódio, e ensinou seus filhos a fazerem o mesmo ", completou.

Santos Cruz

O tereceiro ministro do governo Bolsonaro demitido, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, também fez duras críticas ao governo ao deixá-lo. Ele afirmou que a divulgação de uma suposta conversa em que critica Bolsonaro foi uma ação "medíocre" e decorrente de um "comportamento de gangue", que serviu como pretexto para demiti-lo.

Sergio Moro

A saída mais ruidosa, no entanto, só veio neste ano, com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. Ao pedir demissão, o ex-juiz afirmou que Bolsonaro queria intervir pessoalmente na Polícia Federal, ligar para diretores e superintendentes da PF e ter acesso a relatórios de inteligência. As acusações deram origem a uma investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), que apura se o presidente interferiu na PF.

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