O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello , que está com Covid-19 , afirmou nesta quinta-feira (22), em live com o presidente Jair Bolsonaro , que permanece no cargo de ministro. A declaração foi dada após um desentendimento entre os dois, relativo à vacina chinesa da Sinovac.
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"É simples assim, um manda e outro obedece. Mas a gente tem carinho", disse Pazuello.
A aliados, Bolsonaro não escondeu a irritação com o anúncio de que o Ministério da Saúde compraria 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa chinesa Sinovac . O incômodo maior se deu pelo que o presidente considerou como “uso político” do governador de São Paulo, João Doria, sobre o tema. Na avaliação do presidente, um assunto de “tamanha importância” deveria ter sido discutido com ele antes de anunciado pelo ministro e pelo governador de São Paulo.
Mesmo desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro no episódio envolvendo a compra de vacina para Covid-19, Pazuello se mantém firme no cargo de ministro da Saúde. Ele garante a aliados que não vai ceder à pressão para migrar para a reserva do Exército. General da ativa, Pazuello assumiu a titularidade da pasta no mês passado sob a condição de que poderia se continuar como militar até completar oito anos de oficial general ou quatro anos de general de divisão. Ao empossá-lo, Bolsonaro garantiu que a decisão de ir para reserva seria dele.
A repercussão da aquisição da vacina impactou militantes das redes sociais do presidente, que passou o dia alegando que a compra do produto estava suspensa. Pazuello, que está em isolamento devido à infecção de Covid-19, conversou com o presidente por mensagens de WhatsApp mais cedo. Segundo aliados do ministro, as “visões técnica, política e de gestão” sobre compra de vacinas de coronavírus já estão se acertando para evitar novos imprevistos. Os novos anúncios sobre vacinas devem deixar claro se os produtos serão produzidos no Brasil.