O governador Wilson Witzel em pronunciamento no Palácio Laranjeiras após ser afastado do cargo
Gabriel Monteiro / Agência O Globo
O governador Wilson Witzel em pronunciamento no Palácio Laranjeiras após ser afastado do cargo

governador afastado Wilson Witzel voltou a criticar as investigações do Ministério Público Federal (MPF), base das decisões do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Alerj que o retiraram do cargo. A defesa entregue ontem ao Tribunal Especial Misto, que dará a palavra final sobre a cassação do mandato de Witzel , afirma que a investigação se baseou em “ devaneios ficcionais ” para afirmar que as ações do governador afastado beneficiaram o empresário Mário Peixoto.

A defesa argumenta que Witzel não teve relação com a contratação da Organização Social (OS) Iabas para a construção e gestão de sete hospitais de campanha, e atribui as irregularidades ao então secretário de Saúde Edmar Santos e ao subsecretário Gabriell Neves.

Em relação à OS Unir Saúde, que havia sido desqualificada e foi requalificada pelo governador em meio à pandemia, Witzel volta a afirmar que sua decisão foi tomada para não paralisar unidades de saúde. O governador afastado argumenta, ainda, que não existem provas da ligação de Mário Peixoto com a OS. “Não obstante o Sr. Mário Peixoto estivesse sendo monitorado, nenhuma das conversas dele tratou, nem por um segundo, da Unir”, diz.

Com a entrega da defesa, o relator do processo no Tribunal, deputado Waldeck Carneiro (PT), terá até dez dias para apresentar seu parecer sobre a continuidade do processo, que será votado em seguida pelos dez integrantes do grupo, cinco desembargadores e cinco deputados estaduais.

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