O vídeo diz que máscaras são
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O vídeo diz que máscaras são "inócuas" no combate à pandemia de Covid-19 e "nocivas" à saúde.

Um vídeo publicado pela Fundação Alexandre de Gusmão , órgão público vinculado ao Ministério das Relações Exteriores, que alegava "nocividade" do uso de máscaras , foi removido pelo YouTube por violar os termos de serviço do site.

Como mostrou o GLOBO em setembro, o palestrante Carlos Ferraz, que participou do seminário virtual "A Conjuntura Internacional no Pós-Coronavírus", disse que máscaras são perigosas, contrariando evidências científicas e a recomendação de organizações internacionais e de especialistas em saúde pública.

“O YouTube tem políticas claras sobre o tipo de conteúdo que pode estar na plataforma e não permite vídeos que incentivam atividades que possam causar danos físicos graves ou morte", diz a plataforma em nota. "Se o proprietário de um canal achar que teve um conteúdo removido erroneamente (...) é possível contestar a decisão até 30 dias após a emissão do alerta ou aviso."

"A máscara não só é inócua no combate à pandemia mas ela é também nociva, causa problemas de saúde", dizia Carlos.

"Nos artigos falam em dor de cabeça, redução da oxigenação do sangue, inclusive que determinadas bactérias o canal olfativo podem ir para o cérebro, enfim, tem vários artigos acadêmicos que apontam para esse problema. Já se pesquisava a nocividade do uso de máscaras", afirmou.

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Ferraz é identificado como professor de filosofia "cedido para a Secretaria Nacional da Juventude do MMFDH" (Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos).

A transferência de Carlos Ferraz para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos ocorreu no início de julho.

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos disse que ao G1 que "o servidor expressou sua opinião pessoal, que não necessariamente corresponde ao posicionamento oficial do Ministério" e que ele "não participou do evento como representante oficial do MMFDH".

O Ministério das Relações Exteriores não respondeu sobre se o vídeo com informação falsa será mantido no ar pela fundação.

Em resposta ao GLOBO via Lei de Acesso à Informação (LAI), a Funag disse que o evento não teve custos para a instituição exceto pela contratação de uma intérprete de libras, cujo pagamento foi de R$ 839,65.

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