Cláudio Castro, governador em exercício do Rio
Divulgação/Rafael Campos
Cláudio Castro, governador em exercício do Rio

Apesar de a proposta de lei orçamentária do governo do estado para 2021 enviada à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) prever uma redução de 95% no orçamento do setor de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro,  o governador em exercício Cláudio Castro afirmou, nesta terça-feira (7), que não há chance de os cortes prejudicarem as ações de prevenção e investigação contra irregularidades no RJ.

A proposta foi enviada pelo Palácio Guanabara à Alerj na semana passada. Em 2020, o governo pretendia destinar R$ 102 mil para o setor da Polícia Civil de combate à corrupção e lavagem de dinheiro, recurso que foi ampliado para R$ 1,5 milhão pela Alerj. Para o ano que vem, apenas R$ 5 mil seriam investidos no setor, uma redução de 95% em relação ao que o Executivo propôs para este ano.

"A chance de reduzir o combate ( à corrupção e à lavagem de dinheiro ) é zero. Inclusive nós estamos fazendo agora uma parceria com o TRT ( Tribunal Regional do Trabalho ), um laboratório novo de combate à corrupção, e estamos pegando dinheiro com o governo federal. Tem muito orçamento", afirmou Castro, sem especificar valores.

Em nota, o TRT informou que não há nenhum convênio no tribunal com o governo do Rio. O Governo do Estado foi procurado mas ainda não deu detalhes sobre a parceria citada pelo governador.

A declaração do governador em exercício foi dada na manhã desta terça-feira (06) em Niterói durante a cerimônia de expansão do programa Segurança Presente para bairros da Região Oceânica da cidade. Atualmente, policiais militares e agentes civis atuam em oito bairros do município, num acordo entre os governos municipal e estadual firmado no fim de 2017.

O GLOBO mostrou nesta terça-feira que a proposta orçamentária do governo para o ano que vem prevê cortes em 15 de 18 funções do estado relacionadas à prestação de serviços à população, na comparação com o orçamento de 2020. Para a Segurança Pública, por exemplo, que tem o maior gasto do estado, a previsão do Palácio Guanabara é aplicar R$ 11,8 bilhões, contra R$ 12,8 bilhões aprovados para este ano. No Saneamento, a projeção de redução é de 56%, passando de R$ 652 milhões para R$ 285 milhões. Os recursos para cada área ainda podem ser alterados pela Alerj. O projeto está sendo analisado pelos deputados e será votado pela Comissão de Orçamento no próximo dia 20.

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