Após alguns dias na corda bamba , o ministro da Educação , Abraham Weintraub, anúnciou nesta quinta-feira (18) pelo Twitter que deixará a pasta para ocupar um cargo no Banco Mundial. Ele assumiu a pasta em 9 de abril de 2019 e ficou 436 no cargo, após ter substituído o filósofo Ricardo Vélez Rodríguez.
Leia também:
- Possibilidade de demissão de Weintraub abre disputa política pela vaga
- Filhos de Bolsonaro tentam manter Weintraub e reforçam apoio após ação da PF
- STF forma maioria para manter Weintraub no inquérito das fake news
"Sim, dessa vez é verdade, eu to saindo do MEC e nos próximos dias eu passo o bastão para o ministro que vai ficar no meu lugar, interino ou definitivo", afirmou Weintraub em um vídeo em que está ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
"Nesse momento eu não quero discutir os motivos da minha saída, não cabe", afirmou o ex-ministro da Educação. "O importante é dizer que eu recebi o convite para ser diretor de um banco, já fui diretor de um banco no passado, volto para o mesmo cargo, porém do Banco Mundial
", alega.
O ex-ministro destacou que com sua saída do MEC e ida para o banco, "eu vou poder ter a segurança que hoje tá me deixando muito preocupado".
"Eu queria agradecer a todo o apoio e carinho que eu e minha família estamos recebendo de vocês. Eu achava que tinha pouco Weintraub
aqui no Brasil, mas cada vez eu sinto que vocês fazem parte da minha família e hoje eu sinto que tem muitos Weintraubs", disse.
"É claro que eu sigo apoiando o senhor, presidente Bolsonaro, como eu fiz nos últimos três anos, nesse período eu vi um patriota que defende os mesmos valores que os meus. Te desejo toda a sorte e sucesso nesse desafio gigante que é tentar salvar o Brasil", disse para Bolsonaro
.
"É um momento difícil", afirmou Bolsonaro. "A confiança você não compra, você adquire. Jamais deixaremos de lutar por liberdade , eu faço o que o povo quiser", disse o presidente.
Você viu?
A permanência de Weintraub
no ministério ficou instável após ele ter virado alvo de um inquérito do Supremo Tribunal Federal
(STF) que investiga fake news e ataques contra a corte.
Em uma reunião com Bolsonaro e outros ministros , em 22 de abril, Weintraub afirmou que "por mim, colocava todos os vagabundos na cadeia, começando pelo STF". A frase aumentou as tensões entre o Supremo e o Planalto.
Além do inquérito de ataques contra o STF , o ex-ministro também é alvo de investigação sobre uma publicação que fez no Twitter com abordagem racista contra chineses .
Mas a pressão pela queda de Weintraub aumentou no último domingo (14), quando o ex-ministro participou de uma manifestação pedindo o fechamento do Congresso e do Supremo .
Na segunda-feira, Jair Bolsonaro (sem partido) teria pedido a ministros e assessores próximos sugestões de nomes para substituir o ministro da Educação, segundo a emissora CNN Brasil.
No mesmo dia, Bolsonaro também afirmou que Weintraub não foi "prudente" ao ir ao ato de domingo e que esse é um problema que ele estava tentando "solucionar".
Veja o anúncio de Weintraub: