Ex-governador de São Paulo, Márcio França é pré-candidato pelo PSB na prefeitura paulistana
Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Ex-governador de São Paulo, Márcio França é pré-candidato pelo PSB na prefeitura paulistana

O ex-governador do estado de São Paulo, Márcio França (PSB), que está entre os pré-candidatos à prefeitura paulistana, disse na manhã desta quarta-feira (17) que o atual prefeito Bruno Covas é "quase um funcionário" de João Dória e assegura que caso Covas siga para o segundo turno nas eleições municipais estará abrindo espaço para que o atual governador consiga espaço nas eleições presidenciais de 2022.

As declarações foram feitas durante a terceira live do portal iG com os pré-candidatos à prefeitura de São Paulo . A série começou na segunda-feira (15), e já contou com a participação de  Guilherme Boulos e Filipe Sabará . A programação segue todos os dias às 11 horas. A próxima acontece nesta quinta-feira (18), com o pré-candidato Orlando Silva, do PCdoB

“Eu acho dificil Bruno Covas não ir para o segundo turno, porque é um rapaz do bem, de qualidades, com uma doença dura e difícil. Evidentemente, não há quem não se comova e isso é um forte componente”, ao mesmo tempo, França comenta que Covas é um subprefeito que tenta “de todo jeito se livrar” do governador de São Paulo. “Dória é como um polvo: vai se metendo na prefeitura, liga, manda ordens, tira secretária. A verdade é que Bruno é quase um funcionário de Dória, e ele se sente assim”, comenta. 

Márcio França acredita que uma possível reeleição de Bruno Covas em São Paulo seria a previsão de João Doria no segundo turno das eleições presidenciais. “Se você perguntar na rua, o maior adversário de Bolsonaro não é mais o PT, é o Dória. Eu acredito que as eleições de São Paulo são definitivas para as eleições de 2022”. Com convicções sobre Covas no segundo turno, França diz que a disputa é pela vaga que ficará aberta contra o atual prefeito.

Ao mesmo tempo, França esclarece que foi necessário estabelecer coligações com o PDT para tentar ganhar mais tempo de propaganda eleitoral nas televisões e rádios para aparecer mais que o PT durante as eleições deste ano. “Nós [do PSB] e o PDT, juntos, somos 60 deputados federais. Cada um tem o peso de 10 segundos nas mídias. O somatório de 60 ultrapassa os ‘cinquenta e poucos’ do PT”.


Gestão “fracassada”

O pré-candidato à prefeitura de  São Paulo, Márcio França, também fez críticas sobre a gestão do governo estadual e municipal diante da pandemia do novo coronavírus ao dizer que “ninguém precisa ser um mágico” para prever os cenários de crise que estão a caminho. 

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“São Paulo é uma das prefeituras do mundo por ser um dos maiores produtores de álcool do mundo. E não tínhamos álcool em gel. A verdade é uma só: fracassaram. Quem se dispõe a ocupar um cargo público, se tiver experiência, é muito provável que consiga antever situações óbvias como essas”.  Um exemplo usado pelo socialista é a possível crise na educação. Para ele, é preciso que desde agora estratégias sejam implementadas para evitar que o ano letivo de 2020 não seja perdido.

Mudanças para reduzir a violência policial


Enquanto pré-candidato, Márcio França diz que é preciso repensar a forma de utilização da Polícia Militar na capital paulista. O socialista diz que o problema da violência policial está nos níveis de estratégia, acima dos PMs que circulam nas ruas.

“É preciso ressaltar que a PM é formada por mais de 85 mil homens e muitos estão lá sabendo que estão para proteger a sociedade. Nesse caso, quando há esse grau de gravidade [e violência], tem algum problema ‘para cima’. A polícia militar não gosta da maneira indelicada que o governador a trata. Ele chama policial de vagabundo. Para agravar a situação, [Dória] trouxe um general do Exército para comandar a segurança pública e tudo isso foi criando um caldo que não tem mais controle”.

Como alternativa à estrutura policial vigente, França sugere que agentes sociais e pessoas mais qualificadas sejam responsáveis pela maior parte dos assuntos que hoje são tratados pela PM, porque são questões sociais, e não de intervenção militar armada. “Claro que em casos de assalto todo mundo precisa da polícia”, ressalta, ao complementar que entre seu plano de gestão está o projeto que pretende reduzir a violência policial e reduzir a morte de jovens negros que vivem nas periferias paulistanas.

Assista a entrevista completa: 


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