A Justiça de São Paulo quebrou o sigilo bancário da mãe do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles , e do escritório de advocacia do chefe da pasta. A decisão é do juiz Marcos de Lima Porta, da 5ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo e se deu no âmbito de inquérito civil do Promotoria do Patrimônio Público de São Paulo que investiga um suposto enriquecimento ilícito no período em que Salles foi secretário do governo Geraldo Alckmin (PSDB).
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De acordo com as investigações, o ministro movimentou R$ 2,8 milhões da conta de seu escritório de advocacia Carvalho de Aquino e Salles Advogados para sua conta pessoal. No total, foram feitas 58 transações entre 2012 e 2017.
Se considerado apenas o período em que ocupou cargos no governo estadual, a partir de 2013 até 2017, o valor das transações soma uma quantia de R$ 2,75 milhões.
Segundo o Ministério Público, as declarações de Imposto de Renda de Salles durante o período não correspondem ao rendimento que consta nas transações bancárias.
"Por meio das declarações de imposto de renda do requerido no período de interesse para a investigação descrita na petição inicial, verifica-se ter ele declarado ao fisco federal o recebimento de rendimentos não muito vultosos da sociedade de advogados que integra, a Carvalho de Aquino e Salles Advogados", diz a Procuradoria no pedido de quebra dos sigilos feitos à Justiça.